A empresa continua a ignorar as estruturas representativas dos trabalhadores, é uma prática
que já vem de longe.
A Altice é uma das empresas que finge que tem diálogo social e que pela calada da noite
apresenta aos trabalhadores um código de conduta e de ética ao qual continua a insistir de
chamar “colaboradores”.
Para o SNTCT já nada nos surpreende na falta de honestidade por parte da gestão. E até
“percebemos” a unificação do código de ética e conduta. Entendemos também a necessidade
da gestão neste Código que terá uma eficácia duvidosa para os trabalhadores. No que diz
respeito aos “colaboradores” não sabemos se a gestão está a falar da Administração, primeiras
e segundas linhas do grupo Altice.
A Operação Picoas trouxe para as primeiras páginas dos jornais e da televisão a falta de
conduta e de ética por parte de donos e gestores com práticas lesivas para o grupo Altice.
Mas considerar que todos os trabalhadores devem ser colocados ao mesmo nível daqueles
que lesaram a empresa, fere a dignidade dos trabalhadores que colocaram a empresa como
líder em todos os segmentos de negócio e encheram os bolsos aos accionistas.
Muitas das normas agora plasmadas, são duplicação de matérias já consagradas no Código do
trabalho e no ACT da MEO, e é aqui que os direitos e deveres dos trabalhadores estão
consagrados.
O que a empresa se deve preocupar é em garantir melhores salários, é urgente repor o
poder de compra perdido ao longo dos anos, dignificar e valorizar os trabalhadores e as
suas funções, aplicar 35h para todos os trabalhadores, mais e melhor formação, uma
estrutura de carreiras em que os trabalhadores se revejam.
